Manutenção Produtiva Total (TPM): O que é e como aplicar

PUBLICADO POR:

Giovanna CipulloGiovanna Cipullo

ATUALIZADO EM:

10 de Fevereiro de 2025

Você já pensou em quantos custos ocultos estão associados a paradas inesperadas e falhas de equipamentos em sua operação? 

Mais do que uma simples abordagem de manutenção, a Manutenção Produtiva Total (TPM) é uma filosofia que envolve todos os colaboradores da organização para maximizar a eficiência e minimizar perdas. 

Neste guia completo, você verá:

  • O que é a Manutenção Produtiva Total
  • Quais os 8 pilares da TPM
  • Passo a passo de como aplicar TPM na prática
  • Benefícios da TPM
  • Relação entre TPM e o sistema ERP

O que é Manutenção Produtiva Total e para que serve?

Manutenção Produtiva Total, homem realiza a manutenção de equipamentos na indústria.

A Manutenção Produtiva Total (TPM – Total Productive Maintenance) é uma abordagem gerencial criada para maximizar a eficácia dos equipamentos em um ambiente de produção. 

Desenvolvida na década de 1970 por Seiichi Nakajima, a TPM propõe uma abordagem integrada de manutenção, onde todos dentro da organização, desde operadores até a alta administração, compartilham a responsabilidade pela manutenção dos equipamentos. 

Em resumo, essa estratégia visa minimizar perdas, quebras e falhas, elevando assim a produtividade, a segurança e a qualidade dos produtos ao mesmo tempo em que reduz custos operacionais.

Os 8 pilares da TPM

A TPM é sustentada por oito pilares fundamentais que incentivam a excelência operacional:

1. Manutenção Autônoma:

O primeiro pilar é responsável por capacitar os operadores de máquina a realizar tarefas básicas de manutenção em seus equipamentos, como limpeza, inspeções diárias e lubrificação. 

Com isso, as empresas podem identificar pequenas falhas e corrigi-las antes de se tornarem problemas maiores, promovendo um senso de responsabilidade e propriedade sobre os equipamentos que operam. Neste caso, os operadores contribuem diretamente para o prolongamento da vida útil das máquinas.

2. Manutenção Planejada:

Foca na execução organizada e sistemática de atividades de manutenção preventiva e preditiva. Este pilar envolve o agendamento de manutenções em torno das necessidades operacionais, usando dados históricos e monitoramento de condições para prever problemas antes que eles ocorram.

O objetivo é otimizar os recursos, melhorar o tempo de atividade e reduzir as interrupções não planejadas.

3. Manutenção da Qualidade:

Aqui, a TPM busca garantir que os produtos sejam fabricados conforme os padrões de qualidade esperados, minimizando defeitos. Ferramentas como Poka Yoke são utilizadas para prevenir e detectar falhas. 

Além disso, os Procedimentos Operacionais Padrão (POP) ajudam a manter a consistência e a conformidade, assegurando que cada produto atenda às especificações estabelecidas.

4. Melhoria Contínua:

Este pilar encoraja a busca incessante por maneiras de melhorar a eficiência das operações e a eficácia dos equipamentos. Portanto, envolve análise e discussão estruturada sobre as práticas atuais para identificar áreas de melhoria. 

Neste contexto, a Eficiência Geral de Equipamentos (OEE) é uma métrica-chave aqui, apoiando a identificação de perdas e a formulação de estratégias para diminuir os percentuais.

5. Controle Inicial:

Atua na fase de planejamento e implementação de novos equipamentos e processos, garantindo que estas implementações sejam realizadas de maneira eficiente e eficaz desde o início. 

Em resumo, está focado em eliminar problemas potenciais antes que eles se manifestem através de um bom design e comissionamento, assegurando que os novos itens se integrem bem ao ambiente produtivo existente.

6. Treinamento de Equipe:

Premissa fundamental da TPM, este pilar assegura que todos os colaboradores estejam bem treinados e capacitados. A educação contínua sobre manutenção, operação e otimização não apenas melhora habilidades técnicas, mas também promove uma cultura de aprendizado permanente dentro da organização, essencial para adaptação a mudanças tecnológicas.

7. Segurança e Meio Ambiente:

Este pilar foca em criar um ambiente de trabalho seguro e sustentável, buscando “acidente zero”. Isso envolve inspeções regulares, adequação às normas de segurança, e melhorias no espaço de trabalho para proteger a saúde dos funcionários e o meio ambiente. A gestão responsável de resíduos e a conformidade com leis ambientais também fazem parte deste escopo.

8. TPM no Administrativo:

O último pilar expande a TPM além do chão de fábrica, aplicando os mesmos princípios de eficiência e qualidade nos processos administrativos. 

Sendo assim, inclui a otimização de procedimentos, melhora nas comunicações internas e utilização eficaz dos recursos em setores que apoiam a produção, trazendo assim um alinhamento total entre operações e suporte administrativo.

Cada um desses pilares, quando aplicado de maneira eficaz, integra-se a uma cultura organizacional que não só promove a manutenção produtiva, mas também permeia todos os aspectos da operação, aumentando produtividade, qualidade, segurança e sustentabilidade em um ambiente de fabricação.

Como aplicar a Manutenção Produtiva Total na prática: Passo a passo

Implementar a Manutenção Produtiva Total (TPM) de maneira eficaz exige o envolvimento ativo de toda a organização, desde operadores até a alta administração. Por isso, organizamos um guia etapa a etapa de como realmente aplicar essa filosofia na prática.

Passo 1: Formar uma equipe de TPM

O primeiro passo é estabelecer um comitê de implementação com uma equipe multidisciplinar responsável por liderar e coordenar as atividades de TPM. 

Para isso, defina papéis e responsabilidades dentro da equipe para assegurar a execução eficiente das tarefas.

Dica extra: É função da liderança explicar claramente os objetivos e benefícios do Total Productive Maintenance. Ou seja, antes de qualquer coisa, é importante alinhar expectativas e incentivar a equipe a adotar essa filosofia de manutenção. 

Passo 2: Avaliar e planejar inicialmente

Realize uma análise das condições atuais para identificar problemas e áreas de oportunidade no desempenho dos equipamentos. Feito isso, defina indicadores chave de desempenho (KPIs), como a Eficiência Geral dos Equipamentos (OEE), para monitorar o progresso.

Passo 3: Capacitar e treinar

Inicie programas de treinamento abrangentes que cubram não apenas habilidades técnicas, mas também a filosofia e os objetivos do TPM. Para isso, organize workshops práticos para que operadores implementem a manutenção autônoma e outras práticas de TPM.

Passo 4: Implementar os 8 pilares do TPM

Os pilares do TPM que você viu acima não são meramente ilustrativos, é importante compartilhá-los com a equipe e implementá-los na prática.

Para isso:

  • Capacite operadores para que realizem inspeções e manutenções básicas, promovendo um senso de propriedade sobre os equipamentos. 
  • Desenvolva cronogramas de manutenção preventiva e use tecnologias para prever falhas antes que aconteçam. 
  • Utilize análise de causa raiz para identificar e resolver problemas críticos, promovendo melhorias contínuas. 
  • Assegure a atualização constante das habilidades dos colaboradores, criando um ambiente de aprendizado contínuo.

Passo 5: Monitorar e retroalimentar

De nada irá adiantar aplicar o TPM e não acompanhar seus resultados. 

Para isso, Implemente KPIs para medir regularmente o desempenho dos processos e revê-los para promover melhorias contínuas. Também estabeleça canais constantes de feedback para ajustar e aprimorar estratégias de TPM conforme necessário.

Passo 6: Sustentar os resultados

Cultive uma cultura de melhoria contínua, incentivando todos a identificar novas oportunidades de melhorias. 

É importante reconhecer e celebrar as conquistas na implementação do TPM, motivando a equipe e reforçando o compromisso com a excelência.

Seguindo esses passos, você terá uma base sólida para implementar a Manutenção Produtiva Total com sucesso!

Benefícios da Manutenção Produtiva Total (TPM)

Pode ser que você ainda esteja em dúvida se aplicar a TPM na sua empresa realmente é uma boa ideia. Por isso, elencamos alguns dos principais benefícios dessa filosofia:

  1. Aumento da eficiência dos equipamentos: Com práticas de manutenção preventiva e autônoma, a TPM melhora o tempo de operação e confiabilidade das máquinas, reduzindo paradas inesperadas e aumentando a produtividade.
  2. Redução de custos operacionais: Ao minimizar falhas e implementar estratégias de manutenção planejada, a TPM reduz a necessidade de reparos emergenciais, resultando em economias significativas nos custos operativos.
  3. Melhoria da segurança no ambiente de trabalho: A manutenção regular e a atenção contínua aos detalhes criam um ambiente de trabalho mais seguro, reduzindo riscos de acidentes e promovendo o bem-estar dos colaboradores.
  4. Aumento da qualidade do produto: Garantindo a consistência e o funcionamento ideal dos equipamentos, a TPM assegura que os produtos sejam fabricados com alta qualidade e padrões consistentes, reduzindo defeitos.
  5. Alinhamento entre setores operacionais e administrativos: A aplicação do TPM em toda a organização melhora a comunicação e a eficiência entre diferentes departamentos, integrando operações com suporte administrativo.

Se os objetivos da sua empresa não incluem aumento de eficiência de equipamentos, redução de custos operacionais ou aumento da qualidade do produto, pode ser que realmente não faça sentido. 

Mas, nós sabemos que essas são metas constantes na grande parte das empresas por aí, certo?

TPM e ERP: Qual a relação?

Integrar um sistema ERP (Enterprise Resource Planning) com a Manutenção Produtiva Total (TPM) pode ser um verdadeiro divisor de águas para qualquer indústria. 

Imagine ter todas as informações importantes ao seu alcance: dados de manutenção, controle de estoque e desempenho dos equipamentos, tudo centralizado e fácil de acessar. Isso é exatamente o que o ERP faz!

Veja como um bom ERP pode te auxiliar neste processo:

  • Centralização de dados

Os sistemas ERP permitem a centralização de informações relacionadas à manutenção, equipamentos, estoque de peças sobressalentes e perfis de colaboradores. 

Ou seja, essa centralização facilita o acesso e a análise de dados essenciais para o monitoramento do desempenho e planejamento estratégico do TPM.

  • Planejamento e agendamento de manutenção

Um ERP oferece ferramentas para planejar e agendar atividades de manutenção não só preventiva, mas também preditiva. 

Em resumo, isso ajuda a otimizar o tempo de máquina, coordena operações e garante que manutenções ocorram de forma oportuna, minimizando paradas não programadas.

  • Gestão de estoque

Com um sistema de gestão, é possível monitorar o estoque de peças e materiais de manutenção em tempo real. 

Portanto, isso assegura que as peças necessárias estejam disponíveis quando necessário, reduzindo tempos de espera e interrupções.

  • Monitoramento de desempenho

ERPs oferecem dashboards e relatórios que auxiliam no monitoramento de Indicadores Chave de Desempenho (KPIs) relacionados à manutenção, como a Eficiência Geral dos Equipamentos (OEE). 

Sendo assim, isso permite uma análise contínua e ajustes rápidos em estratégias de TPM.

  • Integração entre departamentos

Integrando informações de diferentes departamentos, o ERP promove uma colaboração fluida, essencial para a implementação de todos os pilares do TPM, desde a manutenção autônoma até a gestão administrativa.

  • Histórico e rastreabilidade

Sistemas ERP registram o histórico de manutenções e intervenções em equipamentos, permitindo rastrear problemas frequentes e desenvolver estratégias mais precisas para melhorias contínuas.

  • Automação de processos

Por fim, um ERP também pode automatizar muitos processos administrativos, permitindo que a equipe de manutenção se concentre em melhorias práticas e atividades de valor agregado.

A integração de um sistema ERP na estratégia de TPM não só melhora a eficiência operacional como também reforça a capacidade da organização de se adaptar rapidamente a novas demandas e desafios, promovendo um ambiente de trabalho mais ágil e colaborativo.

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Formada em Jornalismo e pós-graduada em Assessoria de Imprensa, Gestão de Comunicação e Marketing, atua como Head de Marketing na Viasoft Korp.

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