A manutenção industrial desempenha um papel crucial na garantia da eficiência operacional e na prolongação da vida útil dos equipamentos em ambientes fabris. No entanto, para otimizar esse processo, é essencial utilizar indicadores de manutenção que forneçam insights precisos e relevantes.
Neste artigo, exploraremos a importância dos indicadores de manutenção industrial, destacando como eles podem impactar positivamente a produtividade, reduzir custos e aumentar a confiabilidade operacional. Vamos lá?
Quais são os tipos de manutenção industrial?
Historicamente, as práticas de manutenção eram predominantemente corretivas, respondendo a falhas à medida que ocorriam. Porém, os indicadores de manutenção facilitam a transição para modelos mais avançados, como a manutenção preditiva. Por meio da coleta e análise de dados em tempo real, as equipes de manutenção podem antecipar problemas iminentes e realizar intervenções antes que os equipamentos falhem, reduzindo ainda mais o tempo de inatividade.
Mas também é importante lembrar que existe um momento ideal para cada tipo de manutenção. Por isso, explicaremos com mais detalhes a diferença entre cada uma delas!
Manutenção corretiva
A manutenção corretiva é feita após a falha ou quebra de um equipamento. Sendo assim, inclui a identificação e a sua resolução após a notificação de um problema.
Portanto, ela pode ser reativa, ao realizar a intervenção após a ocorrência de falha, ou, proativa, quando se programam intervenções em equipamentos e sistemas com sinais de desgaste.
A desvantagem da abordagem é que ela pode custar mais para o negócio e oferecer mais riscos à segurança no trabalho, além de afetar a produtividade da equipe.
Para entender na prática, imagine uma linha de produção em uma fábrica que para abruptamente devido a uma quebra de equipamento. A equipe de manutenção intervém para reparar o equipamento somente após o incidente, causando tempo de inatividade não planejado e perda de produção. Isso é um exemplo de manutenção corretiva.
Manutenção preventiva
Por outro lado, a manutenção preventiva é planejada, sendo realizada antes da falha de um equipamento. Sendo assim, ela envolve a realização de inspeções e reparos periódicos, com intervalos pré-definidos, determinados por meio de indicadores de desgaste e condição do equipamento.
Seu principal objetivo é evitar falhas e prolongar a vida útil do equipamento. Os principais objetivos da manutenção preventiva são a redução de custos com reparos e o aumento da segurança no ambiente de trabalho.
O guia de boas práticas do Departamento de Energia dos EUA já afirmava, em 2010, que a manutenção preditiva permite uma economia de 30% a 40% em relação à manutenção corretiva, evidenciando a importância desse método.
Manutenção preditiva
Diferente dos outros tipos de manutenção, a abordagem preditiva busca prever o problema antes de ele acontecer. Portanto, busca minimizar os custos com manutenção, evitar paradas não programadas do equipamento e aumentar a sua vida útil.
Neste cenário, sensores estão instalados nos equipamentos da fábrica, coletando dados em tempo real sobre o desempenho e a condição. Esses dados são analisados por um sistema de manutenção preditiva que identifica tendências e prevê quando a manutenção será necessária. Dessa forma, a equipe pode agir de forma proativa, realizando reparos apenas quando necessário e minimizando o tempo de inatividade não planejado.
Agora que você compreende as principais diferenças entre os tipos de manutenção, é necessário compreender que tipos de indicadores mais fazem sentido para a sua produção.
Confira os indicadores de manutenção industrial
A gestão eficaz da manutenção industrial é essencial para o sucesso operacional das empresas. Ao adotar indicadores de desempenho específicos, as empresas podem monitorar e aprimorar continuamente suas práticas de manutenção. Sendo assim, exploraremos oito indicadores de manutenção industrial cruciais, fornecendo insights sobre como cada um deles contribui para a otimização dos processos e a redução de custos.
1. Tempo Médio entre Falhas (MTBF)
O MTBF é um indicador fundamental que mede o tempo médio decorrido entre falhas de um equipamento. Quanto maior o MTBF, mais confiável é o equipamento. Desse modo, o acompanhamento deste indicador permite uma programação mais eficiente de manutenções preventivas, minimizando o tempo de inatividade não planejado.
2. Tempo Médio para Reparo (MTTR)
O MTTR indica o tempo médio necessário para reparar um equipamento após uma falha. Portanto, monitorar esse indicador é crucial para minimizar períodos de inatividade, acelerando o processo de recuperação e restaurando a operação normal rapidamente.
3. Taxa de Falha
A taxa de falha é a frequência com que um equipamento apresenta problemas em um determinado período. Dessa forma, a redução da taxa de falha é um indicativo claro de eficiência na manutenção preventiva, indicando a capacidade de antecipar e corrigir problemas antes que impactem a produção.
4. OEE (Overall Equipment Effectiveness)
O OEE é um indicador abrangente que avalia a eficiência global dos equipamentos, levando em consideração disponibilidade, desempenho e qualidade. Este indicador fornece uma visão holística do desempenho operacional, identificando áreas específicas que podem ser aprimoradas para aumentar a produtividade.
5. Custos de Manutenção em relação ao Percentual da Receita
Este indicador relaciona os custos de manutenção ao faturamento total da empresa. Então, manter essa relação em um nível razoável é relevante para garantir a sustentabilidade financeira, evitando gastos excessivos com manutenção.
6. Taxa de Cumprimento de Ordens de Serviço
A taxa de cumprimento de ordens de serviço mede a eficácia da equipe de manutenção na execução de tarefas programadas. Uma alta taxa indica uma equipe bem gerida, capaz de seguir um plano de manutenção de forma consistente. Portanto, trata-se de um indicador primordial para avaliar a produtividade do negócio.
7. Percentual de Manutenção Preditiva versus Corretiva
Monitorar a proporção entre manutenção preditiva e corretiva fornece insights sobre a eficácia das estratégias de manutenção. Uma maior proporção de manutenção preditiva sugere uma abordagem proativa, minimizando as falhas não planejadas.
8. Estoque de Peças de Reposição em Relação ao Uso
Manter um equilíbrio adequado no estoque de peças de reposição é crucial para evitar paradas desnecessárias. Este indicador avalia a eficiência na gestão de estoques, garantindo que as peças estejam disponíveis quando necessário, sem excessos que possam representar custos adicionais.
Conclusão
Ao adotar e monitorar esses oito indicadores de manutenção industrial, as empresas podem aprimorar significativamente sua eficiência operacional.
A gestão inteligente desses indicadores não apenas reduz custos, mas também fortalece a confiabilidade operacional e estabelece bases sólidas para a evolução contínua das práticas de manutenção.
Em um cenário industrial cada vez mais competitivo, a implementação estratégica desses indicadores é essencial para se destacar e prosperar.
Por isso, é tão importante conhecer as principais formas de medir os resultados do seu negócio. Na indústria 4.0, o uso de dados é fundamental para a construção de negócios rentáveis e competitivos no mercado.
Para continuar aprendendo sobre o uso de dados na produção industrial, continue lendo o blog Korp: