Certamente você já ouviu falar sobre a “Indústria 4.0” ou “Quarta Revolução Industrial”. O termo se refere a um movimento da indústria atual que integra novos processos de produção, automação e distribuição dos produtos e serviços.
Com utilização de novos recursos e tecnologias, a Indústria 4.0 segue a linha de evolução natural de alguns elementos ou procedimentos já utilizados em contextos anteriores. Isto é, referentes às indústrias 1.0, 2.0 e 3.0.
Porém, a grande diferença da indústria 4.0 para estes outros modelos é a escalabilidade. Com as novas tecnologias, apresenta-se um cenário completo de automação e fábricas inteligentes. Integrados, esses sistemas coordenam uma quantidade gigantesca de dados e influenciam de forma direta em cada detalhe do processo de produção.
O caminho até a Indústria 4.0
Antes de entrarmos de fato na Indústria 4.0 e apresentarmos as suas principais funcionalidades, é essencial entendermos toda a evolução histórica que nos trouxe até o momento atual. Dessa forma, além de compreendermos melhor todo o contexto e as transformações de forma cronológica, teremos acesso aos detalhes dessas mudanças para o avanço tecnológico contemporâneo.
Indústria 1.0
Para traçar esses paralelos, precisaremos retornar o passado, para lembrarmos dos efeitos da Primeira Revolução Industrial. O período se iniciou em 1760, na Inglaterra. Além disso, marcou a época, principalmente, pela transição do sistema feudal para o capitalista. Com duração até meados de 1850, esta primeira revolução alterou todo o processo produtivo da época.
Ao invés do trabalho manual, as atividades passaram a ser realizadas em fábricas com o auxílio de máquinas. Assim, foi possível otimizar o tempo gasto e possibilitar a produção em escalas maiores. Além disso, foram testados os primeiros modelos de divisão do trabalho, em que cada profissional era responsável por uma etapa produtiva.
Indústria 2.0
A evolução natural de todo o processo continuou com a Segunda Revolução Industrial. Ela teve início estimado em 1850, se estendendo até o fim da Segunda Guerra Mundial (1945). Marcada pela ampliação de todo o processo de industrialização, este período aprimorou as técnicas utilizadas na Primeira Revolução Industrial. Uma característica é a incorporação de novas tecnologias com a utilização do aço, petróleo e da eletricidade.
Nesta época, com o avanço da produção em massa, expandiu-se também toda a estrutura logística das ferrovias, garantindo um aumento significativo do mercado consumidor dos produtos. Com a lógica de “menor custo em menos tempo”, surgiram novos modelos de produção, como o taylorismo e o fordismo.
Indústria 3.0
A partir da década de 1950, com o avanço de áreas do conhecimento como eletrônica, informática, recursos de telecomunicações e descobertas iniciais da robótica, surgiu a Terceira Revolução Industrial. Desde então, a ciência tem cada vez mais influência sobre os processos produtivos.
Assim, a qualificação da mão-de-obra especializada e a utilização das tecnologias em toda a cadeia industrial têm um papel determinante nos ciclos comerciais. Desta forma, o aumento da produtividade vinculou-se ainda mais ao desempenho de máquinas e a necessidade de sistemas mais precisos. Também foram rompidas algumas barreiras físicas e temporais com os novos dispositivos de comunicação, modificando, por consequência, as nossas relações de trabalho.
Indústria 4.0
Ainda que seja difícil estabelecer quando termina a Terceira Revolução Industrial e quando começa a Quarta Revolução Industrial, muitos especialistas afirmam que os hábitos de consumo atuais, bem como os métodos e tecnologias aplicadas à produção indicam que estamos, no mínimo, em uma fase de transição.
O termo Indústria 4.0 começou a ser utilizado no início da década de 2010 em meio ao avanço de novos sistemas de automatização de manufaturas. Pouco mais de uma década depois, com todos os dispositivos utilizados atualmente, já é possível pensarmos em um conceito de indústria do futuro ou indústria inteligente. Uma projeção totalmente diferente da que era apontada no início deste século.
Nessas novas condições, torna-se cada vez mais natural automatizar praticamente todos os processos produtivos’ e conectar digitalmente todos os equipamentos ou dispositivos industriais em um único sistema.
Isso garante às organizações a criação de uma estrutura de controle inteligente e autônoma em todo o fluxo de produção. Como consequência, ganha-se maior precisão e rapidez através da conexão com uma base gigantesca de dados.
Na prática, toda a gestão é beneficiada, contribuindo para decisões mais assertivas, que são baseadas em prognósticos e cálculos complexos, impossíveis de serem feitos com tamanha precisão e em tão pouco tempo por um humano.
De forma automatizada é possível, por exemplo:
- agendar manutenções;
- prever falhas nos processos;
- fazer testes e simulações virtuais de possíveis cenários.
Todas essas funcionalidades garantem maior segurança, menor custo e estabilidade para as empresas, evitando mudanças drásticas, custos elevados e insegurança durante as escolhas.
Em outras palavras, as aplicações da Indústria 4.0 permitem adaptações rápidas às mudanças não planejadas da produção. Elas trabalham a partir da antecipação de tendências, cenários e riscos envolvidos em todo processo.
Pilares da Indústria 4.0
Podemos destacar, como um dos principais pilares da Indústria 4.0, a Internet das Coisas (IoT). De forma resumida, podemos entender este conceito como a conexão entre dispositivos eletrônicos e objetos físicos, como: veículos, máquinas, objetos da casas, etc. Com alto poder de conectividade, o controle desses itens pode ser realizado remotamente, viabilizando os trabalhos ou a supervisão mesmo de longas distâncias.
Neste novo cenário, também é necessário destacar a importância e influência cada vez maior do Big Data, que é a capacidade de análise e síntese de grandes volumes de dados digitais. Por conta da complexidade de tratar tantas informações, esse processo exige uma tecnologia específica e segura para coleta e processamento para compilar todos os dados transmitidos pelos equipamentos e departamentos internos. Assim, a empresa é capaz de realizar diagnósticos completos de todo o processo produtivo, incluindo a gestão da performance de cada setor.
Entre outras tecnologias de destaque na Indústria 4.0 estão:
- Cloud Computing (armazenamento de dados sob demanda);
- Inteligência Artificial (capacidade das máquinas realizarem ações de forma autônoma);
- Machine Learning (aperfeiçoamento contínuo dos dispositivos).
Neste contexto, somam-se ainda potenciais usos de realidade aumentada, produções reais de peças com impressoras 3D, simulações e análises virtuais, entre outros.
Impacto cultural da Indústria 4.0
Como um dos conceitos principais da Indústria 4.0 é a transformação de locais físicos em espaços inteligentes, a otimização de muitas tecnologias aplicadas atualmente possibilitam que as empresas agreguem valor aos seus serviços, aumentando a credibilidade e confiança perante ao mercado. Além disso, é inevitável que as relações de trabalho e a cultura institucional também passem por alterações.
Neste cenário, por exemplo, é natural que as decisões se tornem mais descentralizadas, já que muitas definições são ajustadas pelo próprio sistema, conforme a necessidade ou situação vivida pela empresa. Assim, os processos se tornam mais ágeis e precisos, além de evitar sobrecargas sobre os gestores.
Outra mudança é que o trabalho em tempo real ganha ainda mais força a partir da combinação entre Big Data e Internet das Coisas. Assim, a coleta, análise e o compartilhamento de dados antecipa certas situações e indica os melhores caminhos para as operações, resultando em um menor custo operacional para a empresa.
Indústria 4.0 no Brasil
Em relação aos países mais desenvolvidos, o Brasil se mostra um pouco lento para implementar muitas das tecnologias da Indústria 4.0. Segundo a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI),a adoção destes novos conceitos de tecnologia na matriz produtiva brasileira contribuiria para uma economia de R$ 73 bilhões ao ano no país. A maior parte destes ganhos teria relação com a manutenção de equipamentos, que poderiam aumentar com o uso das tecnologias de inteligência artificial.
Ainda que a Indústria 4.0 pareça distante da realidade brasileira, ao longo dos anos, as empresas têm investido cada vez mais em equipamentos de ponta, apostando em uma mudança gradual de patamar. A tendência é que essa adesão também contribua para tornar esse progresso mais acessível economicamente nas demais empresas do país.
Indústria 4.0 e Korp
Em sintonia com as necessidades da Indústria 4.0, o sistema Korp é uma solução de gestão robusta e inovadora, com foco total no setor industrial. A empresa atua há mais de 30 anos em soluções de gestão para a indústria, revolucionando a maneira de gerir processos e equipes, trazendo resultados reais para sua empresa.
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