O desenvolvimento rápido de sistemas chegou para solucionar alguns problemas antigos da área tech. Ou seja, o RAD tem o intuito de levar a agilidade e eficácia necessárias na hora de criar e fazer alterações nas funcionalidades dos programas.
Afinal, o que é RAD?
Traduzindo para o português, RAD significa Rápido Desenvolvimento de Aplicação, e como o próprio nome sugere, mostra-se como uma opção ágil para o desenvolvimento de softwares.
Considerado uma estratégia de gestão de projetos, o RAD tem o foco em entregas mais curtas e prototipagem ágil. Então, leva em torno de 60 a 90 dias para cumprir sua tarefa, um tempo impressionante se comparado aos outros métodos tradicionais do mercado.
Esse método tem como base uma metodologia criada por Scott Shultz, chamada Rapid Iterative Production Prottyping (RIPP). Em 1991, James Martin estendeu o conceito de RIPP, agregando valores de outros processos. Dessa forma, transformando-o no RAD que conhecemos atualmente.
Antes disso, a técnica de modelo cascata predominava nos desenvolvimentos. Ou seja, os profissionais dividiam o projeto em um mapa sequencial de várias fases. Sendo que cada etapa estava vinculada à fase anterior e, portanto, dependia das conclusões anteriores.
Essas características tornaram o modelo cascata um método rígido e fragilizado, principalmente, pela pouca ou nula flexibilidade. Nesse sentido, houve a necessidade de procurar novas metodologias, a fim de desenvolver projetos e sistemas.
Qual é a diferença entre RAD, cascata e Agile?
Existem duas abordagens principais para o desenvolvimento de software: Agile e Cascata. No modelo em cascata, que representa a metodologia tradicional, o processo é linear e altamente dependente da aprovação do cliente.
Dessa forma, o método pode resultar em longos períodos sem que os clientes vejam o produto final, o que pode causar desafios quando há necessidade de atualizações de requisitos ou feedback adicional que afete o projeto. Portanto, modificar as funcionalidades e recursos principais do software pode ser complicado nesse contexto.
A metodologia Agile é uma das mais amplamente adotadas e foi desenvolvida em resposta às limitações das abordagens tradicionais de gerenciamento estruturado. O método Rapid Application Development (RAD),que é um tipo de metodologia Agile, destaca-se por fornecer resultados em tempo real e é eficaz quando há a necessidade de entregar um produto rapidamente e realizar atualizações conforme necessário.
Embora a agilidade seja enfatizada, não é vinculada a um período específico. O que diferencia o processo RAD é sua abordagem orientada a protótipos, concentrando-se em testes iterativos e alterações rápidas para entregar um produto completo em um prazo mais curto.
Apesar de terem etapas semelhantes, o método RAD se destaca pela ênfase em protótipos, enquanto a metodologia Agile se concentra em dividir projetos em recursos para entrega ao longo de vários sprints durante o ciclo de desenvolvimento.
Adaptação e personalização de projetos
Além de ajudar com o desenvolvimento de softwares, a metodologia RAD também auxilia na criação e gerenciamento de outros tipos de projetos. Isso ocorre porque o método RAD concentra esforços e recursos na prototipagem do produto em si. Assim, reduzindo o tempo de planejamento e permitindo que a execução fique muito mais ágil.
Outro grande diferencial dessa metodologia é a alta capacidade de personalização dos recursos desenvolvidos. A cada fase de desenvolvimento há a geração de um protótipo, que passa por testes e ajustes conforme os requisitos do cliente. Ou seja, oferece mais adaptabilidade.
Além disso, o RAD possibilita que esse processo seja feito pelo consumidor diretamente dentro do software ERP, por exemplo. Quando surge uma nova demanda, o cliente consegue fazer a configuração de um novo protótipo de acordo com as suas necessidades, sem precisar ficar dependente de uma empresa especializada. Dessa forma, deixando o processo ainda mais prático e autônomo.
RAD: como funciona o desenvolvimento ágil de aplicações?
Para que haja efetividade nos projetos RAD, faz-se necessário aplicar algumas fases, as quais você pode conferir logo abaixo.
Obs: vale lembrar que a maleabilidade oferecida pelo RAD viabiliza que diferentes tipos de etapas sejam desenvolvidas em um mesmo projeto. Ou seja, as etapas são flexíveis.
1 – Modelagem do negócio
Na primeira etapa, a equipe realiza a análise e negociação do projeto, definindo escopo e requisitos para aplicação. Portanto, nessa fase, é feita a estruturação do fluxo de informações entre as funções do negócio. Desse modo, garantindo uma visão geral dos processos que serão suportados pelo software.
2 – Modelagem dos dados
Essa etapa consiste em estruturar os dados do sistema, levantando as questões relevantes para as funcionalidades. Em resumo, nessa fase, ocorre o refinamento do fluxo de informações realizado na fase anterior.
3 – Modelagem do processo
Aqui, os dados definidos anteriormente são integrados com o objetivo de gerar o fluxo de implementação das funções do projeto. Então, a partir desse momento, define-se as formas como o processamento lidará com as informações.
4 – Geração da aplicação
Etapa responsável por transformar todas as informações coletadas em código para criação de um protótipo testável pelo sistema. Uma característica do RAD é que trabalha com reaproveitamento. Então, sempre que possível, a aplicação utiliza componentes presentes em programas já existentes, focando nas funcionalidades.
5 – Teste e modificação
Finalmente, cada protótipo passa pelos testes separadamente (exceto os componentes reutilizados, que já foram testados em outro momento). Por meio desses testes individuais, é possível identificar as melhorias necessárias a fim de construir um produto mais eficaz. Isso resulta em um processo útil, eficiente e rápido.
Ciclo de vida de desenvolvimento de sistemas (SDLC)
O RAD se inspira em um estilo de ciclo de vida de desenvolvimento de sistemas (systems development life cycle). Esse ciclo caracteriza-se por 6 principais fases. Confira adiante:
- Planejamento: estágio inicial de avaliação de requisitos, escopo e viabilidade;
- Análise: fase para examinar a situação e objetivos do projeto, identificando o que precisa ser criado;
- Design: desenvolvimento do esboço do projeto com diagramas de fluxo, layout, recursos e regras do programa;
- Implementação/Ambientes: nesta fase, o produto passa pelas várias etapas de desenvolvimento de fato;
- Teste: testagem em vários níveis a fim de garantir a eficácia do sistema;
- Avaliação/manutenção: depois de testado, o software é mantido e quaisquer deficiências ou possíveis melhorias passam por avaliação.
Principais vantagens e diferenciais do RAD no desenvolvimento de sistemas
Agora que você já entendeu o que é e como funciona a metodologia RAD, chegou a hora de entender quais são seus benefícios na prática.
Devido a sua alta flexibilidade na hora de desenvolver projetos, acumula uma lista de vantagens que chamam atenção:
- Ciclos de desenvolvimento curtos;
- Mais flexibilidade na hora de fazer as alterações necessárias;
- Capacidade de customização;
- Codificação reduzida;
- Redução de riscos;
- Possibilidade de divisão em tarefas menores e mais gerenciáveis;
- Possibilidade de trabalho com modelos;
- Reutilização de aplicações anteriores;
- Uso de protótipos a fim de visualizar, testar e modificar o sistema mais rapidamente.
Os desenvolvedores do Viasoft Korp ERP utilizam o método RAD para otimizar os projetos e levar flexibilidade aos clientes. Portanto, aquelas indústrias que optam pelo software da Viasoft Korp sabem que lidarão com uma tecnologia rápida e eficiente, bem como uma equipe especializada.
E aí, ficou alguma dúvida? Fique a vontade para entrar em contato conosco!